Talento Metrópole premia projetos de TI voltados para pessoas com deficiências

Evento aconteceu na sexta-feira (14) e projeto vencedor propõe jogo musical para deficientes visuais
17-12-2018 / ASCOM
Evento Talento Metrópole

O Programa Talento Metrópole, inciativa do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), realizou na última sexta-feira (14) a premiação dos projetos vencedores da chamada pública Desafio Talento Metrópole, cujo objetivo é estimular o desenvolvimento de aplicações de Tecnologia da Informação voltadas para pessoas portadoras de deficiências.

O evento de premiação aconteceu na sede do IMD, ocasião na qual os cinco grupos pré-selecionados, formados por alunos das redes de ensino pública e privada do Rio Grande Norte, apresentaram suas propostas à banca avaliadora.

A análise foi feita pela coordenadora do Talento Metrópole, professora Izabel Hazin, pelo diretor geral do IMD, José Ivonildo do Rêgo, pelo diretor do Parque Tecnológico Metrópole Digital, Anderson Paiva, e os docentes Frederico Lopes e Edgar Correa.

A banca também recebeu a participação do presidente da Comissão Permanente de Apoio a Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (CAENE) da UFRN, Ricardo Lins.

Os grupos apresentaram propostas de aplicativos que têm por objetivo promover a inclusão social por meio de soluções tecnológicas. Dos concorrentes, três se destacaram e ganharam a premiação, que equivale a bolsas de iniciação científica e tutoria (para cada grupo) com duração de 12 meses, para o desenvolvimento da ideia.

Os trabalhos premiados foram elaborados dentro do contexto da chamada pública intitulada “Cidades Inteligentes: Deficiência e Inclusão Social”. O primeiro colocado foi o projeto  "Blank Harmony", desenvolvido por Deborah Dantas Arruda, de 17 anos, Klaus Augustus Ramos Reiniger, de 15, e Sophia Aragão Leandro Lopes, de apenas 12 anos.

Já o segundo colocado foi o projeto "Sistema Multi Gadget integrado para auxílio à locomoção de pessoas com deficiência visual", de autoria de Alef Emannuel Trigueiro Dias, Eduardo Almeida de Queiroz e João Pedro Estevam Dias. O terceiro foi o "Sensor de Proximidade Modular para deficientes visuais", de Carlos Garabito, Thiago Rodrigues e Jorbralyson Freire.

Blank Harmony

Inspirado no Guitar Hero, um clássico dos videogames, os primeiros colocados criaram o projeto Blank Harmony com o intuito de promover a acessibilidade dos deficientes visuais ao ambiente digital.

Na prática, jogadores precisam se adequar às notas musicais emitidas durante o jogo e perceber por onde elas vêm (centro, direita ou esquerda do jogador), além de notar, a partir da vibração e do som, quando precisam ser tocadas. Os criadores do projeto ainda explicam que o Blank Harmony foi pensado em função do Efeito Doppler, aplicado à percepção de movimentos a partir do som.

O nível de dificuldade do jogo aumenta à medida que o jogador vai se aprimorando. Os sons que a princípio surgem de três direções passam a ser emitidos por cinco lados, além de aumentar a intensidade desses sons e sua velocidade.

Uma das idealizadoras do projeto, Deborah Dantas, explica que a intenção do Blank Harmony é sobretudo oferecer entretenimento aos deficientes visuais, que possuem poucas opções de lazer, considerando que o intuito do Desafio é melhorar não só a acessibilidade, mas também a qualidade de vida das pessoas com deficiências.